quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mediadoras imobiliárias menos confiantes em 2010

De acordo com o último estudo divulgado pela APEMIP (Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal), o ano de 2010 “tem sido percepcionado de forma negativa pela mediação imobiliária”, fruto do quadro de incerteza e do “discurso de austeridade” que tem pautado também este mercado nacional.

Segundo a APEMIP, estes factores têm condicionado a forma como as empresas de mediação imobiliária encaram o futuro, “em linha com a erosão da confiança, tanto de consumidores, como dos demais actores económicos”.

Os principais obstáculos identificados pelas empresas de mediação imobiliária “reportam-se mais à esfera financeira do que propriamente ao actual cenário macroeconómico”, revela esta Associação.

“A dificuldade de obtenção de crédito à habitação e o crescente desfasamento entre o valor de avaliação bancária e o real valor do imobiliário avaliado são os dois maiores obstáculos que não permitem a desejada fluidez das transacções e a concretização de negócios”, aponta.

 Ainda um outro factor que está a contribuir para um ajuste em baixa da forma como as empresas encaram o mercado é a diminuição do poder de compra das famílias, “aspecto indissociável da actual precariedade laboral e de todo um conjunto de medidas de austeridade anunciadas, cuja implementação contribuirá provavelmente para uma nova contracção da procura”.


Segundo o estudo divulgado no Catálogo de Estudos de Mercado, referente a Setembro/Outubro, “as incertezas que caracterizam o presente e o futuro próximo convidam a uma atitude conservadora por parte das empresas de mediação imobiliária”, que expressam reservas quanto ao desempenho da actividade até ao final deste ano.

Sem comentários:

Enviar um comentário