quinta-feira, 9 de maio de 2013

Crédito à habitação: comissão aos bancos aumentou 8,3%

Em 2012, a comissão de processamento da prestação no crédito à habitação aumentou 8,3%, em média. Para a DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, este aumento deveria ser limitado, já que põe em risco os empréstimos contratados pelos consumidores.

comprar casa ao banco, casas para venda, casas para venda do banco, casa para venda, casas baratas para venda, apartamentos para alugar sintra, aluguer de apartamentos
A Associação explica que quem tem crédito à habitação e paga comissão de processamento de prestação, talvez não esteja consciente de quanto os aumentos anuais encarecem o seu encargo financeiro. Os especialistas do DINHEIRO & DIREITOS fez as contas e concluiu que, só no último ano, os bancos que cobram comissão de processamento a aumentaram em 8,3%, em média, um valor muito acima da inflação. “Caso aumentos desta natureza continuem a aplicar-se, os custos para o consumidor subirão também de forma considerável”, alerta a DECO.

No final de um contrato a 25 anos os compradores terá pago 750,40 euros só em comissões.

A explicação vem com um exemplo para um crédito à habitação a 25 anos, contratado em 2004 na Caixa Geral de Depósitos: se a comissão de processamento "engordar" ao ritmo do aumento médio anual registado nos últimos anos nesse banco (6,75%), no final do contrato, o cliente terá pago um total 750,40 euros. Caso esta comissão nunca aumentasse, o valor ficaria por cerca de um terço (297 euros).
“Actualmente, a legislação não impede que as instituições bancárias alterem as comissões ao longo da relação contratual, o que penaliza os clientes. A estrutura de comissões é determinante no cálculo de taxas dos créditos bancários, como a taxa anual efectiva (TAE), taxa anual efectiva revista (TAER) e taxa anual de encargos efectiva global (TAEG). Se for permitido aos bancos alterar as condições ao longo da vida do empréstimo, as taxas deixam de ser as apresentadas aquando da contratação. A comparação é falseada”, revela a associação.

Alterações de preço a meio do contrato são inaceitáveis
A DECO admite mesmo que as alterações de preço a meio do contrato são inaceitáveis. Se é certo que, num mercado concorrencial, os clientes podem mudar de banco, na prática, a mudança é muito mais complicada do que o desejável, sobretudo quando a relação envolve créditos em curso. Por um lado, porque o consumidor incorre no pagamento de comissões por reembolso antecipado, caso pretenda amortizar o seu empréstimo mais cedo. Por outro, porque, no cenário actual, com taxas de juro muito altas, dificilmente consegue transferir o seu empréstimo para outro banco sem ver o custo real do empréstimo agravado em cinco ou seis por cento.

A DECO já enviou as conclusões deste estudo à Assembleia da República, ao Ministério das Finanças e ao Banco de Portugal, pedindo a criação de um tecto nas comissões bancárias.

Fonte: www.diarioimobiliario.pt/
www.motivo-certo.pt
uma nova era no imobiliário
comprar casa ao banco, casas para venda, casas para venda do banco, casa para venda, casas baratas para venda, apartamentos para alugar sintra, aluguer de apartamentos

Sem comentários:

Enviar um comentário