quarta-feira, 10 de abril de 2013

Imobiliário português dá retorno positivo em 2012

                               
Apesar da conjuntura, o imobiliário terciário devolveu um retorno de 0,8% no ano passado, por comparação com os 0,5% de 2011, revela o Índice Imobiliário Anual IPD Portugal.
O imobiliário terciário português devolveu um retorno de 0,8% no exercício transato, o que significa uma evolução positiva em relação aos 0,5% verificados em 2011, de acordo com o Índice Imobiliário Anual IPD Portugal (que se baseia numa amostra de 921 ativos avaliados em 8,3 mil milhões de euros no final de dezembro de 2012).

De acordo com o documento, o retorno das rendas no ano passado permaneceu estável face aos 12 meses anteriores, em 5,8%; enquanto a componente de valorização de capital apresentou uma ligeira recuperação, de 0,2%, fixando-se em -4,8%, "embora se mantenha em terreno negativo pelo quinto ano consecutivo, influenciada pelo decréscimo das rendas de mercado e pelo cenário de crescimento de yields visível nos principais setores".

Em 2012, o imobiliário registou um desempenho abaixo das ações, que devolveram um retorno de 3,4% (de acordo com o MSCI Portugal Equities), e das obrigações (Índice de Retorno das Obrigações do Tesouro com maturidade de sete a dez anos publicado pela JP Morgan), que apresentaram um retorno de 66,3%. Contudo, nos períodos anualizados a três e dez anos, o imobiliário português continua a demonstrar uma performance superior a estas duas classes de ativos, com retornos de 1,8 e 6,2%, respetivamente. Assim, longe do retorno de dois dígitos observado entre 2004 e 2007, o desempenho do imobiliário em 2012 "é um dos mais baixos desde que o Índice IPD monitoriza o mercado português, há 13 anos, sendo apenas superado pelo retorno de 0,2% em 2009 e de 0,5% em 2011", refere a análise.

O retalho foi o segmento com melhor retorno no ano passado, devolvendo 1,1% aos investidores. Seguiram-se os segmentos de imobiliário industrial e de escritórios, com retornos de 0,7 e 0,5%, respetivamente. "Apesar da melhoria" de desempenho verificada "no imobiliário como um todo, os segmentos (excluindo o retalho) registaram retornos totais inferiores em 2012 por comparação com 2011, sobretudo devido a uma forte depreciação do capital".

António Gil Machado, diretor do IPD Portugal e Brasil, considera que "a performance do imobiliário prova a sua resiliência como classe de investimento, na qual o retorno das rendas conseguiu equilibrar a desvalorização de capital, que, em termos acumulados, alcançou uma depreciação de 18,6% desde o início da crise financeira".



Sem comentários:

Enviar um comentário